Época Medieval:uma das épocas em que tradicionalmente se divide a História. Tem a duração de cerca de 1000 anos, sendo, normalmente, tomados como limites a destituição do último imperador romano do Ocidente, em 476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453. Embora num período tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a Idade Média identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que se formou, no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.
Arte Gotica:estilo artístico nascido no Norte de França, que se expandiu pela Europa entre os séculos XII a XV, e se ligou principalmente à construção de catedrais. Caracteriza-se pelo arco ogival como elemento estrutural e decorativo e por uma estética simultaneamente religiosa e natturalista, assente na verticalidade e na luminosidade.
Confraria:associação voluntária de paroquianos, com fins religiosos (culto a um santo patrono) e de entreajuda e caridade mútuas.
Corporação:associação de pessoas que exercem a mesma profissão, para defenderem os seus interresses. Além da proteção dos seus membros, visavam a formação profissional e a qualidade do trabalho e evitavam a concorrência mútua, tabelando preços e salários.
Universidade:etimologicamente deriva de Studium Universale ou Universitas. Escolas de ensino superior fundadas na Idade Média, que podiam ser frequentadas por todos os estudantes que o desejassem, leigos e clérigos, nacionais e estrangeiros. Organizavam-se em corporações (de mestres ou de alunos) e dividiam-se em faculdades.
Cultura erudita:conhecimento letrado adquirido por estudo e reflexão dostextos, sobretudo dos autores clássicos (Platão, Aristóteles...), mas também dos Árabes e da Igreja Cristã.Cultura popular:conjunto de manifestações culturais desenvolvidas entre as classes populares. Na época em estudos, os seus centros difusores foram as festas e romarias e os seus principais agentes os jograis.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Módulo 2: Unidade2
Reconquista:a reconquista foi um processo de ocupação do território, marcado por avanços e recuos, que se desenvolveu na Península Ibérica, do século VIII ao século XV. No início, as investidas pelos guerreiros cristãos tiveram como finalidade a ocupação de territórios e a captação de bens da civilização urbana e mercantil. A partir dos finais do século IX foi guiada pela ideia de que os monarcas cristãos das Astúrias eram os descendentes e herdeiros dos reis visigodos, que passavam a recuperar, pela Reconquista, os territórios que legitimamente lhes pertenciam. Nos séculos XII e XIII, a guerra de Reconquista é reconhecida pelo papado como guerra de Cruzada. Inseria-se na luta da cristandade contra o Islão, obtendo os guerreiros peninsulares o auxílio dos cruzados que se dirigiam para oriente e as indulgências inerentes à Cruzada.
Conselho (concello, concejo ou concilium):termo usado em toda a Península Ibérica para designar o conjunto dos moradores de uma área que gozava, perante os senhores ou o soberano, de uma situação mais ou menos autónoma, possuindo magistrados e administração própria.
Carta de foral:documento escrito que reconhecia ou criava o conselho. Geralmente era amitido pelo rei, mas também podia ser emitido por senhores, nobres ou eclesiásticos que pretendiam atrair povoadores aos seus senhorios, o que era mais frequente nas zonas rurais. As comunidades rurais tinham menos direitos e privilégios e os seus forais, por vezes, pouco mais estabeleciam que os tributos devidos ao rei ou ao senhor, pelo que eram as vilas e cidades onde se exerciam com maior independência os poderes concelhios.
Mesteiral:os mesteirais estavam encarregados da produção artesanal. Eram alfaiates, sapateiros, ferreiros, pedreiros, tanoeiros, carpiteiros, preparadores de pele... Também os pescadores e os almocreves pertenciam a esta categoria social. Em Portugal, sobretudo durante o século XIII, muitas das atividades artesanais eram asseguradas por minorias étnicas. Foram sobretudo os Mouros que, depois de terminada a Reconquista, asseguraram os trabalhos em couro, cerâmica e ourivesaria. Por isso, os mesteirais, muitas vezes, não eram homens livres, pertencendo à categoria dos dependentes ou dos escravos, e a organização dos mesteirais como grupo social foi tardia.
Imunidade:privilégio daquele ou daqueles que são isentos. Inicialmente restrita ao domínio fiscal, a imunidade alargou-se depois a outros direitos, como o de não responder perante a justiça comum, ou de não receber os juízes e outros funcionários do poder central nos seus domínios, o que naturalmente implicou autorização para a criação de tribunais e serviços administrativos privados, bem como o aparecimento de exércitos pessoais.
Vassalidade:vínculo de dependência pessoal, privada e recíproca, que une um vassalo (homem livre de linhagem inferior) a um poderoso que, por sua vez, se torna seu senhor. Esse vínculo efetiva-se através do contrato vassálico ou de vassalagem.
Monarquia feudal:organização dos poderes nos reinos europeus até inícios do século XIII, em que o rei exerce o seu poder como suserano dos suseranos, não se distinguindo a autoridadepolítica ou pública do poder e autoridade privados.
Cúria:órgão que assessorava o monarca no exercício de funções governativas e de administração. No início da monarquia era composta pela família real e representantes dos estratos privilegiados: ricos-homens, prelados, clérigos... Com o processo centralizador, a governação apoia-se crescentemente na escrita e no saber jurídico; integram então a cúria alguns titulares que tinham a confiança do rei e preparação técnica para o exercício de determinadas funções.
Cortes/Parlamentos:reuniões extraordinários e alargadas da Cúria ou Conselho Régio. Nelas, o rei reunia com os representantes das ordens sociais (a nobreza e o clero), ligadas ao rei por obrigação de conselho (dever vassálico). A partir do século XIII (1254) participaram igualmente os representantes populares eleitos pelos conselhos. Eram convocadas pelo rei, para que este recolhesse os pareceres sobre determinadas questões de carácter coletivo.
Inquirições:inquéritos levados a cabo por oficiais públicos e outras pessoas de confiança, enviados pelos reis às várias regiões do país, a fim de averiguarem, judicialmente, a natureza das diversas propriedades, dos direitos senhoriais e dos padroados das igrejas e mosteiros.
Legista:jurisconsulto que, na Idade Média, estudava o direito romano e defendia o princípio superior do interesse público, de que o rei era o representante, como forma de fortalecimento do poderreal. Em Portugal destacou-se Julião Pais, que terá estudado em Bolonha e aí tomado contacto com as novas teorias jurídico-políticas. A sua ação foi continuada pelo discípulo Gonçalo Mendes, coadjuvado por outros juristas, como mestre Vicente (conhecido ne Europa como Vicente Hispano), que tinham estudado e ensinado em Bolonha
Conselho (concello, concejo ou concilium):termo usado em toda a Península Ibérica para designar o conjunto dos moradores de uma área que gozava, perante os senhores ou o soberano, de uma situação mais ou menos autónoma, possuindo magistrados e administração própria.
Carta de foral:documento escrito que reconhecia ou criava o conselho. Geralmente era amitido pelo rei, mas também podia ser emitido por senhores, nobres ou eclesiásticos que pretendiam atrair povoadores aos seus senhorios, o que era mais frequente nas zonas rurais. As comunidades rurais tinham menos direitos e privilégios e os seus forais, por vezes, pouco mais estabeleciam que os tributos devidos ao rei ou ao senhor, pelo que eram as vilas e cidades onde se exerciam com maior independência os poderes concelhios.
Mesteiral:os mesteirais estavam encarregados da produção artesanal. Eram alfaiates, sapateiros, ferreiros, pedreiros, tanoeiros, carpiteiros, preparadores de pele... Também os pescadores e os almocreves pertenciam a esta categoria social. Em Portugal, sobretudo durante o século XIII, muitas das atividades artesanais eram asseguradas por minorias étnicas. Foram sobretudo os Mouros que, depois de terminada a Reconquista, asseguraram os trabalhos em couro, cerâmica e ourivesaria. Por isso, os mesteirais, muitas vezes, não eram homens livres, pertencendo à categoria dos dependentes ou dos escravos, e a organização dos mesteirais como grupo social foi tardia.
Imunidade:privilégio daquele ou daqueles que são isentos. Inicialmente restrita ao domínio fiscal, a imunidade alargou-se depois a outros direitos, como o de não responder perante a justiça comum, ou de não receber os juízes e outros funcionários do poder central nos seus domínios, o que naturalmente implicou autorização para a criação de tribunais e serviços administrativos privados, bem como o aparecimento de exércitos pessoais.
Vassalidade:vínculo de dependência pessoal, privada e recíproca, que une um vassalo (homem livre de linhagem inferior) a um poderoso que, por sua vez, se torna seu senhor. Esse vínculo efetiva-se através do contrato vassálico ou de vassalagem.
Monarquia feudal:organização dos poderes nos reinos europeus até inícios do século XIII, em que o rei exerce o seu poder como suserano dos suseranos, não se distinguindo a autoridadepolítica ou pública do poder e autoridade privados.
Cúria:órgão que assessorava o monarca no exercício de funções governativas e de administração. No início da monarquia era composta pela família real e representantes dos estratos privilegiados: ricos-homens, prelados, clérigos... Com o processo centralizador, a governação apoia-se crescentemente na escrita e no saber jurídico; integram então a cúria alguns titulares que tinham a confiança do rei e preparação técnica para o exercício de determinadas funções.
Cortes/Parlamentos:reuniões extraordinários e alargadas da Cúria ou Conselho Régio. Nelas, o rei reunia com os representantes das ordens sociais (a nobreza e o clero), ligadas ao rei por obrigação de conselho (dever vassálico). A partir do século XIII (1254) participaram igualmente os representantes populares eleitos pelos conselhos. Eram convocadas pelo rei, para que este recolhesse os pareceres sobre determinadas questões de carácter coletivo.
Inquirições:inquéritos levados a cabo por oficiais públicos e outras pessoas de confiança, enviados pelos reis às várias regiões do país, a fim de averiguarem, judicialmente, a natureza das diversas propriedades, dos direitos senhoriais e dos padroados das igrejas e mosteiros.
Legista:jurisconsulto que, na Idade Média, estudava o direito romano e defendia o princípio superior do interesse público, de que o rei era o representante, como forma de fortalecimento do poderreal. Em Portugal destacou-se Julião Pais, que terá estudado em Bolonha e aí tomado contacto com as novas teorias jurídico-políticas. A sua ação foi continuada pelo discípulo Gonçalo Mendes, coadjuvado por outros juristas, como mestre Vicente (conhecido ne Europa como Vicente Hispano), que tinham estudado e ensinado em Bolonha
Módulo 2: Unidade1
Monetária: sistema económico em que toda a produção é excedentário e se destina ao mercado, tornando as trocas(atividade comercial) essenciais e indispensáveis. Neste tipo de economia, a moeda representa papel fundamental como instrumento facilitador das trocas.
Módulo 2: Unidade1
A Economia, ou atividade económica, consiste na produção, distribuição e consumo de bens e serviços. É também a ciência social que estuda a atividade económica, através do desenvolvimento da teoria económica, e que tem na administração a sua aplicação. Os modelos e técnicas atualmente usados em economia evoluíram da economia política do final do século XIX, derivado da vontade de usar métodos mais empíricos à semelhança das ciências naturais. Pode representar, em sentido lato, a situação económica de um país ou região; isto é, a sua situação conjuntural (relativamente aos ciclos da economia) ou estrutural.
A economia é geralmente dividida em dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a macroeconomia que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. Atualmente, a economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas privadas, cooperativas etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de trabalho, cultura, agricultura, etc).
A economia é geralmente dividida em dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a macroeconomia que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. Atualmente, a economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas privadas, cooperativas etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de trabalho, cultura, agricultura, etc).
Módulo 2: Unidade1
A burguesia é uma classe social que surgiu na Europa na Idade Média (séculos XI e XII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, joias) e prestação de serviços (atividades financeiras).
Módulo 2: Unidade1
Islamismo, Islão é uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Corão, um texto considerado por seus seguidores como a palavra literal de Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos. Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo. Eles também acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo,mas consideram o Alcorão como uma versão inalterada da revelação final da Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.
Módulo 2: Unidade1
A Igreja Ortodoxa Grega é formada por várias igrejas autocéfalas (independentes, mas ligadas pela comunhão supranacional), dentro da Ortodoxia cuja liturgia é tradicionalmente realizado em Koiné, a língua original do Novo Testamento, e cujo clero é totalmente ou predominantemente grego ou foi durante grande parte de sua história, como no caso de Antioquia, que foi totalmente colocada sob controle árabe local somente em 1899.
Trata-se de igrejas independentes do ponto de vista administrativo, mas unidas na doutrina, na comunhão eclesiástica e no ritual, e diferente da Igreja Católica, onde existe um único centro cultural e administrativo (o Vaticano), predomina na ortodoxia grega a pluralidade de centros eclesiásticos e culturais. A celebração da missa e sacramentos é idêntica, variando apenas as notas locais acidentais, como o canto, a arquitetura dos templos, a arte iconográfica e a forma da cruz.
Trata-se de igrejas independentes do ponto de vista administrativo, mas unidas na doutrina, na comunhão eclesiástica e no ritual, e diferente da Igreja Católica, onde existe um único centro cultural e administrativo (o Vaticano), predomina na ortodoxia grega a pluralidade de centros eclesiásticos e culturais. A celebração da missa e sacramentos é idêntica, variando apenas as notas locais acidentais, como o canto, a arquitetura dos templos, a arte iconográfica e a forma da cruz.
Módulo 2: Unidade1
A palavra comuna, na Idade Média, é a designação para a cidade que se tornava emancipada pela obtenção de carta de autonomia fornecida pelo rei. Atualmente, na França, o termo se refere à menor subdivisão administrativa do território. Em Portugal o termo remete à administração de concelho. É desconhecida da Idade Média em Portugal: os termos que indicam comunidade urbana com personalidade jurídica são chamados concelhos ou municípios.
As raízes do movimento comunal encontram-se nas aspirações dos burgueses das cidades que queriam liberdade, segurança, isenção de impostos feudais e justiça própria; estas exigências resultavam do desenvolvimento comercial, que era afectado pela rigidez das estruturas feudais. Embora apresentem características semelhantes aos municípios portugueses, nem as cartas comunais francesas são comparáveis a forais, que na maioria dos casos não passam de listas de encargos a satisfazer à coroa pelos concelhos. Nos próprios burgos onde a burguesia mercantil predominava (como o Porto) e o grau de sujeição ao rei diminuía, dificilmente se poderá falar de «autonomia política» no sentido comunal.
As comunas eram grandes unidades de produção rural, abrangendo a agricultura e pequenas indústrias. Cada comuna estruturava-se de forma coletiva e centralizada. Os lotes agrícolas familiares, distribuídos na reforma agrária de 1950, foram eliminados, e toda a terra, colocada sob controle das comunas. As comunas organizavam também a vida social e a educação das crianças. A implantação desse sistema teve forte impacto sobre a vida familiar, diminuiu a força tradicional da autoridade paterna.
As raízes do movimento comunal encontram-se nas aspirações dos burgueses das cidades que queriam liberdade, segurança, isenção de impostos feudais e justiça própria; estas exigências resultavam do desenvolvimento comercial, que era afectado pela rigidez das estruturas feudais. Embora apresentem características semelhantes aos municípios portugueses, nem as cartas comunais francesas são comparáveis a forais, que na maioria dos casos não passam de listas de encargos a satisfazer à coroa pelos concelhos. Nos próprios burgos onde a burguesia mercantil predominava (como o Porto) e o grau de sujeição ao rei diminuía, dificilmente se poderá falar de «autonomia política» no sentido comunal.
As comunas eram grandes unidades de produção rural, abrangendo a agricultura e pequenas indústrias. Cada comuna estruturava-se de forma coletiva e centralizada. Os lotes agrícolas familiares, distribuídos na reforma agrária de 1950, foram eliminados, e toda a terra, colocada sob controle das comunas. As comunas organizavam também a vida social e a educação das crianças. A implantação desse sistema teve forte impacto sobre a vida familiar, diminuiu a força tradicional da autoridade paterna.
Módulo 2: Unidade1
Reino: estado ou nação cujo o chefe politico é o rei. Na época medieval, os reinos eram unidades territiriais, sob a chefia de um rei, que agregavam pequenas unidades regionais.
Módulo 2: Unidade1
).O senhorio foi uma instituição que existiu na Idade Média e na Idade Moderna nos reinos cristãos da Península Ibérica, de certo modo similar aos feudos do Império Carolíngio. Consistia numa doação hereditária de terras e vassalos, incluindo a jurisdição, dada pelos monarcas a nobres ou clérigos como pagamento por serviços prestados ou como recompensa por méritos adquiridos, mas por sua mera vontade (mercê).
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